quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

The Clash

Histórico - o ano é 1977. Enquanto os hedonistas do The Damned lançavam o primeiro álbum de punk do movimento britânico de 77 e os anarquistas niilistas do Sex Pistols destruiam tudo, o the Clash, observava tudo o que acontecia na sociedade. Desde a ascenção do punk, as altas taxas de desempregos, as manchetes dos jornais, a monotonia da vida londrina até a movimentação da música negra jamaicana. Tudo isso serviu de base para este primeiro álbum.
Foi o The Clash quem injetou engajamento ao punk, todas as desilusões dos jovens eram retradas nas letras de Joe Strummer, Mick Jones e Paul Simonon, tornando assim o grupo na grande voz da juventude londrina.
Musicalmente, o Clash foi o grupo punk mais eclético da cena 77, pois buscava beber desde o rock'n'roll tradicional até ao ska jamaicano. Os músicos eram estremamente habilidosos e sabiam criar melodias trabalhadas dentro do punk(!). E mesmo não sendo um grande vocalista (apesar de não existir grandes vocalistas no punk), Strummer segurava bem a barra, com seus gritos e seu sotaque britânico carregado.
Enfim, este foi o álbum que incendiou Londres. Fundamental.
Ficha Técnica

Ano - 1977
Gênero - punk
Gravadora - CBS
Faixas
1 - Janie Jones
2 - Remote Control
3 - I'm So Bored With The USA
4 - White Riot
5 - Hate & War
6 - What's My Name
7 - Deny
8 - London's Burning
9 - Career Oportunities
10 - Cheat
11 - Protex Blue
12 - Police & Thieves
13 - 48 Hours
14 - Garageland

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Deus e o Diabo na Terra do Sol

Histórico - filme muito importante para o cinema novo, Deus e o Diabo na Terra do Sol é uma crônica da história do Brasil sob os terrenos áridos do nordeste. Sempre politizado, o diretor Glauber Rocha aborda temas como injustiças sociais, fanatismo religioso, herança maldita e esperança.
A trilha sonora deste filme genial é um caso à parte. Raramente os cineastas usavam as músicas como parte integrante da narrativa da história. Glauber já sabia que era possível contar uma história por meio de canções populares, compôs todas as letras e convocou Sérgio Ricardo para musicar toda a sua poesia. O resultado é um casamento perfeito entre imagens e sons, dialógos foram substituidos por música, numa linguagem que não se assemelha em nada com os musicais, mas sim com a criatividade de Glauber.
Destaque para a última cena do filme, também última faixa deste disco, em que a frenética perseguição por Corisco é acompanhada por uma batida acelerada de violão e termina com as proféticas frases "o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão" e "espero que o senhor tenha tirado uma lição que assim mal dividido este mundo anda errado, que a terra é do homem não é de Deus nem do Diabo".
Ficha Técnica
Ano - 1964
Gênero - folk
Gravadora - Forma
Faixas
1 - Abertura
2 - Manuel e Rosa
3 - Sebastião
4 - Discurso de Sebastião
5 - A Mãe
6 - Antonio das Mortes
7 - Corisco
8 - Lampião
9 - São Jorge
10 - Monólogo
11 - A Procura
12 - Reza de Corisco
13 - Perseguição / O Sertão Vai Virar Mar

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Serviço - As Galvão homenageiam Pena Branca

Som Imaginário, Equipe Mercado, Módulo 1.000 & Tribo

Histórico - coletânia com obscuras bandas psicodélicas.
Ficha Técnica
Ano - 1971
Gênero - rock psicodélico
Gravadora - Odeon, Coronado
Faixas
1 - Tribo - Kyrie
2 - Equipe Mercado - Marina Belair
3 - Módulo 1.000 - Curtíssima
4 - Som Imaginário - A Nova Estrela
5 - Módulo 1.000 - Ferrugem e Fuligem
6 - Tribo - Peba & Pebó

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Flaviola e o Bando do Sol

Histórico - representante da efervescente cena psicodélica nordestina, Flaviola gravou apenas este disco. Apesar da simplicidade nos instrumentos (basicamente violão, flauta e percussão), a variedade de arranjos se destaca e dá enfâse à poesia nas letras de Flaviola.
Disco fundamental para entender o movimento psicodélico nordestino.
Ficha Técnica
Ano - 1974
Gênero - folk, psicodélico
Gravadora - Solar
Produzido por: Lula Côrtes e Zé Ramalho
Faixas
1 - Canto Fúnebre
2 - O Tempo
3 - Noite
4 - Desespero
5 - Canção de Outono
6 - Do Amigo
7 - Brilhante Estrela
8 - Como os Bois
9 - Palavras
10 - Balailaca
11 - Olhos
12 - Romance da Lua
13 - Asas

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

The Beatles - Let It Be Naked

Histórico - Let it Be, o deradeiro álbum dos Beatles gravado em 1970 já demonstrava um certo desgaste artistico entre Lennon e McCartney na produção. Enquanto Lennon queria o inovador Phil Spector como produtor, McCartney preferia o sofisticado George Martin. Nesta queda de braço, venceu John. Let it Be Naked é a versão de McCartney para o álbum.
Ficha Técnica
Ano - 2003
Gênero - rock
Gravadora - EMI
Produzido por: Paul Hicks, Guy Massey, Allan Rouse & George Martin
Faixas
1 - Get Back
2 - Dig a Pony
3 - For You Blue
4 - The Long And Winding Road
5 - Two Of Us
6 - I've Got a Feeling
7 - One After 909
8 - Don't Let Me Down
9 - I Me Mine
10 - Across The Universe
11 - Let It Be

domingo, 7 de fevereiro de 2010

The Music Never Stopped - Roots of the Grateful Dead

Histórico - coletânia com as bandas e músicos que influenciaram o Grateful Dead. Na seleção, bluegrass, blues, folk e gospel.
Ficha Técnica
Ano - 1995
Gênero - folk, blues, bluegrass
Gravadora - Shanachie
Faixas
1 - Obray Ramsey - Rain and Snow
2 - Merlie Haggard - Mama Tried
3 - Dixie Cups - Iko Iko
4 - Rev. Gary Davis - Samson & Delilah
5 - Cannon's Jung Stompers - Big Railroad Blues
6 - Marty Robbins - El Paso
7 - Bob Dylan - It's All Over Now, Baby Blue
8 - Charlie Patton - Spoonful
9 - Howlin' Wolf - The Red Rooster
10 - Chuck Berry - Promissed Land
11 - Henry Thomas - Don't Ease Me In
12 - Jimmy Reed - Big Boss Man
13 - Bobby "Blue" Bland - Turn On Your Love Light
14 - Bonnie Dobson - Morning Dew
15 - Buddy Holly - Not Fade Away
16 - Woody Guthrie - Goin' Down This Road Fellin' Bad
17 - The Pindar Family with Joseph Spence - I Bid You Good Night

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

The Psychedelic Sounds of 13th Floor Elevators

Histórico - os estadunidenses são extremamentes superticiosos, tanto que alguns prédios dos Estados Unidos não marcam o décimo terceiro andar, os elevadores vão do décimo segundo direto pro décimo quarto. Só mesmo sendo louco pra se associar a este número.
E o 13th Floor Elevators (Elevadores do 13° Andar, numa tradução ao pé da letra) foi ideia de um louco mesmo, o insano guitarrista Roky Ericson e de um estudante de psicologia, Tommy Hall. Talvez Hall tenha entrado nesta empreitada para utilizar Ericson como objeto de estudo.
Mas enfim, o som do 13th Floor pode ser classificado de todas as formas, menos de comum. As linhas melodicas se quebram com as guitarras frenéticas criando assim uma sonoridade totalmente assimétrica ou louca. Sem falar que Roky Ericson canta num estilo único, mesclando embriaguez e esquizofrenia. Neste álbum de estreia temos clássicos fundamentais para o rock psicodélico como "Reverberation", "Don't Fall Down" e "You're Gonna Miss Me" (faixa presente também na coletânia Nuggets).
Se você quiser entender o que é o rock psicodélico, o 13th Floor Elevators é a melhor pedida. Vá fundo nesta viagem.
Ficha Técnica
Ano - 1966
Gênero - rock psicodélico
Gravadora - Get Back
Produzido por: Lelan Rogers & Gordon Bynum
Faixas
1 - You Don't Know
2 - Through The Rhythm
3 - Monkey Island
4 - Roller Coaster
5 - Fire Engine
6 - Reverberation
7 - Tried To Hide
8 - You're Gonna Miss Me
9 - I've Seen Your Face Before
10 - Don't Fall Down
11 - The Kingdom Of Heaven

Capitão Barato - Jimi Hendrix tribute